quinta-feira, 28 de junho de 2007

Onde os tempos eram verdadeiros e meu coração cantava de alegria

Moedas embolocadas no ar
Um sorriso torto de menina moça
Manha...: -Ei, eu já sabia o que ia escrever
E já nem sei mais...
Perderam-se palavras, versos, sonetos
ficaram sentimentos e uma vontade de chorar
A lágrima de felicidade não quer jorrar
Penso insistentemente enquanto olho o vazio do ar
Leio...a dúvida persiste, insiste em aflorar
e o que me vem a cabeça são palavras vazias
as quais não queria fazer uso
Serei solitário as palavras
Anestesiada pela falta de cigarro
Me pego sentada, vagando o olhar
Que busca incomensurável!
O gozo simples de um amor maduro
Mas essa noite digo não aos amores
Quero flores e seus cheiros invasores
e a certeza de que amanhã nada restará
Tento enganar-me
Pobre cortesã!
Ah, doce ilusão a minha!
caminhar por lençóis escusos na madrugada sombria
onde todos assobiam e eu peregrino entre bocas escuras.



Borboletas Azúis de Mª
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Morceau d'utopie
(23 de novembro de 2006)

terça-feira, 26 de junho de 2007

A palavra trêmula
do que vem a ser dor está estagnada
Assim foi, assim é, assim será [?]

Enquanto a situação tranascorre disparada
o limiar do tempo
Tu dormes o sono pesado dos seres do abismo
Acorda,
Vem cá me ajudar!
Estou cansada de implorar o teu afeto.
Fique atento!
logo receberás o último contato
E, talvez, quando der conta de tua displicência
poderá ser tarde...

Vou jogar tuas menitras na boca torta do infinito

quinta-feira, 21 de junho de 2007

minerva

Criatura sórdida aquela menina
Usava um manto azul como o da virgem Maria
De cega se fazia...
Era suja como ela só!
Seu nome?
Justiça.