segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Fio condutor

Fio condutor que me leva
à viagens transcendentais.

Quem me dera um dia
nesse lampascópio transportar
minhas idéias de energia
pra todo mundo se alegrar.

sábado, 22 de dezembro de 2007

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

A hora do gato








-
minha cria riacho docense. rs
dezembro, 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Viveu
além-mar
além-montanha
feito poeira solta no vento
se libertou...
sentiu o pulmão respirar.
os dois.
sorriu,
agradeceu
e dormiu

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

terça-feira, 23 de outubro de 2007

jamais direi a ti

Posta tua
poesia bruta
na gruta
nua
crua.
Morro casto.
Profundo
auto desprezo
infante;
infame!
Puta perdida,
vadia,
cedida aos desejos teus -
dedos entrelaçado
em laços mal dados.
Brusca ruptura.
A usura
de um momento só teu.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A pílula da felicidade
Eureka!
Instituições
Organizações sociais
Acudam!
O homem tá caindo
E tu, parado aí...
Por exemplo,
Marx
Vixe, Maria!
500 anos de latifúndio no Brasil
Abandonados...
E tu, parado aí...
Não articulação da modernidade
Substituição da intelectualidade
Parque lotado.
Atraso duas vezes
E tu, parado aí...
Ratinho de biblioteca
veio Focault, Morran,
Weber, Durkheim
e até Descartes
Pega um livro aí, Menino!
E aproveita pra ler
Depois, vai viver, Menino!
- A consciência crítica parte da maturidade
mais a teoria.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

- eu acho que ele tá lento.
paciência!
- eu acho é que ele tem talento.


por edgar raposo

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Apelo do preto

O briu dos seus zóio, morena
eu vô observá
pra aquetá meu fogo, morena
eu vou me deleitá

Arre, morena!
pru que se apuquentá?
se o meu sentimento quero lhe trocar

Abre os zóio, morena
pra nóis se alimentá
de amor foguento
que eu tenho pra te dá

Finarmente, morena
os zoinho teu eu vou fitá
É um negócio tão gostoso, morena
vamo se chafurdar!

Ai, ai, ai morena
Seu cheiro ai de matar
esse preto que vos fala, morena
De tanto esnobá

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

COLA LAMBE-LAMBE

Para os amigos mandigueiros que adoram enfeitar a cidade :]

ingredientes:
7 col de sopa de farinha de trigo
1 litro de água
2 col de sopa de vinagre
1 garrafa plástica de 2 litros com tampa

preparo:
Ferva 750ml de água numa panela grande. Misture a farinha de trigo numa vasinlha a parte com os 250ml de água restante, mexendo até a farinha dissolver. Quando a água ferver, jogue o trigo dissolvido e mexa sem parar por aproximadamente 5 minutos. Quando o caldo começar a engrossar, adicione o vinagre e mexa por mais dois minutos. Deixe a cola esfriar um pouco. Utilizando um funil derrame a cola na garrafa de 2 litros e guarde na geladeira.

Obs.: Só retirar quando for usar.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Pobre de ti, barbuleta

Passeias em giro a chama,
simples barbolate, em hora,
que se chama te enamora
teu próprio estrago te chama;
se o seu princípio ama
quem ao seu mal se inquieta,
tens por fermosura grata
luz, que traidora te mata,
pobre de ti, barboleta.

Ou tu imitas meu ser,
ou eu tua natureza,
pois na luz uma beleza
ando ardendo por arder:
tu à luz que vês acender,
te arrojas tão cega, e tal,
que imitando ao natural
com que arder ali me vês,
me obrigas a dizer, que és
imitação do meu mal.

Tu és barbuleta comua,
pois a toda luz te botas,
e eu cego, se bem o notas,
sou só a barbuleta tua:
qualquer segue a estrela sua,
mas tu melhor te socorres
quando em fogo algum te torres,
porque eu nunca ao fogo chego;
e tu logras tal sossego,
que em chegando ao fogo morres.

Tu és mais feliz ao que entendo,
inda que percas a vida,
porque a dá por bem perdida,
quem vive de andar morrendo:
eu não morro, e o pretendo,
porque falta a meu pesar
a fortuna acabar;
tu morres, e tu sossegas,
quando na chama te entregas,
porque morres por chegar.


Gregório de Matos

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

por um sentido

se a dor for inevitável,
que seja a mais intensa possível...!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sem título

Assim como diz o título,
eis um texto sem título.
Sem título, sem cor, sem vida
sem nada.
É difícil de se compreender o mundo
ainda mais quando você se encontra num abismo
Distante da realidade, das pessoas, dos sons...
Há um silêncio fino e torturante
que me rasga as veias (finas)
e transforma-me num ser seco e distante.
-
Vou usar o velho machado
para cortar o vazio de imensidão que você deixou.
Antes que seja tarde: segue aqui um texto sem título
sem cor, sem vida,
sem nada.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

um singelo poema de Partida

Quando ela disse adeus
as folhas ainda estavam vivas
minha dor não passava de mágoa partida


[um tempo depois...]


Do verde se fez o amarelo-pranto
a dor acalentou o corpo
e a saudade aumentou em desencanto

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Não Vá

não vá!
espere mais um pouco.
nesse meio tempo,
concordo que tudo é pouco
acrescento que é passageiro
porém, não se fixe...
se é que tu existes,
acompanhas caleidoscópios,
és a flor da transformação.
E tudo a rodar, a girar
pra mim é tudo muito louco,
pois sou louco
e acho que é cedo...
não vá!
espere mais um pouco.


Vinícius Freire

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Quero minha Garça de volta!

Quando penso que quero algo
não o quero.
Quando consigo o novo,
perdi o velho.
Tristeza chora em acalanto
à meus erros embevecidos de pranto.

Velho Maquinista, para onde me guias?

Old man through the door
Where is the next floor?
I have an Eye
My Legs are broken
And my Heart is in pain

Old man, good friend
Show me how to get there
-Where?
You are the one. You must know that
You've got to tell me

Wise man, why?
It shouldn't be hard
You cannot hide it
from me, from us
Tell me, tell us

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Já aqui...

O lenço, deixei com uma moça que chorava a despedida....
Os documentos, esqueci em alguma gaveta.
Nos bolsos, trago somente mãos cheias de sangue corrente nas veias.
No peito, um coração batendo afogado em saudade.
Na cabeça, um cérebro funcionando embebido em loucura.
As pernas, mantenho em movimento.
Nos olhos, um pouco de tristeza,
alguma alegria
e muito prazer em conhecer!




escrito pela moça que troca poemas comigo,
Jaqueline Pinheiro.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Parônima

Pé de um mamão.
Pede mamão.
Pé de mamão! Pé de mamão!
Pé de mamão!
um mamão!
um mamão!
um mamão
pede uma mão...
.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

-- que tudo se foda,
disse ela,
e se fodeu toda



Paulo Leminski -

presente


A dor rasga fina e intensamente
a
flor
presente
em
meu
ventre.
Fino
é
o acúmulo
de tristeza
que
amolece minha gana.
A luta pela vida se torna supérflua.
Eu devo ir.
um
aDeus.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Identidade Falsa

Hoje em dia a Ética e a Moral
procuram em orfanatos seu filho Caráter e sua filha tão amada Personalidade,
que foram deixados no mesmo orfanato
por não terem condições financeiras
de dar o que comer para os dois filhos gêmeos
que vieram nascer no regime no qual quem era presidente era o Senhor Medíocre.
Após anos e regimes mudados, o sistema veio se transformando e vários filhos foram sendo abandonados por causa dos Srs. Hipocresia, Inveja, Ganância e a Sra Corrupão junto com sua vice Avareza.
Quantas crianças como a Ética e a Personalidade vão surgir sem se tornarem adultos
como seus pais que os abandonaram
e seus governantes que os transformaram em ovelhas agarradas da Injustiça?
O Caos com seu coletivo de atitudes insanas
pode ser que resolva se for direcionado àqueles que manipulam e comandam.
Amém.


Tommy Efrom

sábado, 25 de agosto de 2007


Uma face com suas expressões
Algo passa de sua alma ao seu corpo
Um aglomerado de pássaros
Pousam em seu jambeiro
Comem seus frutos e suas pragas
Espalham suas sementes
Criam ninhos em seus ramos
Ela os admira cantar
Voar...
Lembra das suas noites ferventes
Nas tempestades de gala do inverno tropical
Onde rodopiava e cantava
Ao embalo do maestro vento espera
um dia decolarão, sabe como...
Será que resistiria a um ciclone?
A resistência triunfaria?
Isto ela conhece bem
Desde que um raio a partiu ao meio



texto: Damodara Wagner
Desenho: Assunção Melo

domingo, 12 de agosto de 2007




Escuro e seco.
A respiração é o fio condutor.
Há, vindo da sala, um feixe de luz amarela
Vejo por ele a fumaça de meu cigarro.
Pedro esta me esperando, estou atrasado.
Mas sei que não vou.

A lua, insistente, tende a iluminar
Perco o que me era luz
Ele ainda me espera, mas, sei que não vou.
não vou!

E se ele não mais me esperar?
Céus, que farei sem Pedro...





texto:
Poeira Solta no Vento
+
(agora) Sabonete Azul .
imagem: klimt

segunda-feira, 6 de agosto de 2007


A frieza do inverno me pegou
junto a ela veio o abandono dos amores;
as indagações inconsistentes;
a languidez sórdida de uma noite mal dormida

para o fim de mais um poema, as palavras fogem
não para cá...
vão além da mente, das explicações,
das soluções.
por essa razão, sou fiel a meu condicionamento
- o silêncio.

ou seria omissão?

terça-feira, 31 de julho de 2007

Para onde vou...


Eu vou-me embora voando, amor
pra bem longe do sertão
Lá onde o grito não ecoa não.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Onde os tempos eram verdadeiros e meu coração cantava de alegria

Moedas embolocadas no ar
Um sorriso torto de menina moça
Manha...: -Ei, eu já sabia o que ia escrever
E já nem sei mais...
Perderam-se palavras, versos, sonetos
ficaram sentimentos e uma vontade de chorar
A lágrima de felicidade não quer jorrar
Penso insistentemente enquanto olho o vazio do ar
Leio...a dúvida persiste, insiste em aflorar
e o que me vem a cabeça são palavras vazias
as quais não queria fazer uso
Serei solitário as palavras
Anestesiada pela falta de cigarro
Me pego sentada, vagando o olhar
Que busca incomensurável!
O gozo simples de um amor maduro
Mas essa noite digo não aos amores
Quero flores e seus cheiros invasores
e a certeza de que amanhã nada restará
Tento enganar-me
Pobre cortesã!
Ah, doce ilusão a minha!
caminhar por lençóis escusos na madrugada sombria
onde todos assobiam e eu peregrino entre bocas escuras.



Borboletas Azúis de Mª
+
Morceau d'utopie
(23 de novembro de 2006)

terça-feira, 26 de junho de 2007

A palavra trêmula
do que vem a ser dor está estagnada
Assim foi, assim é, assim será [?]

Enquanto a situação tranascorre disparada
o limiar do tempo
Tu dormes o sono pesado dos seres do abismo
Acorda,
Vem cá me ajudar!
Estou cansada de implorar o teu afeto.
Fique atento!
logo receberás o último contato
E, talvez, quando der conta de tua displicência
poderá ser tarde...

Vou jogar tuas menitras na boca torta do infinito

quinta-feira, 21 de junho de 2007

minerva

Criatura sórdida aquela menina
Usava um manto azul como o da virgem Maria
De cega se fazia...
Era suja como ela só!
Seu nome?
Justiça.

terça-feira, 22 de maio de 2007

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Disse-não-me-disse


Mamãe mandou dizer para eu não ir por ali
Mas, como já estou lá
Ela não poderia me mandar.
Vou lá, venho cá
Já não sei onde ficar.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Começo, meio e fim. Esse é o fim.


De repente Ana se vê encurralada.
Sem saber o que fazer,
sem saber o que falar ela, desesperadamente, grita: Aaaaaaaaaaaaaaaah... Ar!

segunda-feira, 23 de abril de 2007

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Listras

- Quantos quiserem...
- E se nenhum quiser?
- Eu quero!
- E se você não conseguir?
- Ao menos vou ter tentado.
- Você sabe que não é o bastante.
- O que é "bastante" pra você?
- ...
- Vai se abster?
- Me dou esse direito.
- Que seja!

terça-feira, 20 de março de 2007

Hard to Explain

Olhares atentos;
o acúmulo de sentimentos esgota o significado deles.
É de díficil explicação
afinal quanto mais se gosta, mais se quer.
e Quando mais se tem, menos se quer?
Buscando em diversões baratas sentido para a pifialidade da vida.
Alguém tem a explicação?
- Se nem se sabe qual a razão..
Viva as festas dos amores mal amados!

segunda-feira, 12 de março de 2007

Estilhaços de vidro

Estou beirando a loucura
Pensamentos estranhos fluem
E minha cabeça surta
em ritmo descomunal
Será que já é hora? Será que você chora?

Tic-tac tic-tac tic-tac tic-tac tic -tac
Ah não, mais um tic-tac para me atormentar
TIC-TAC TIC-TAC TIC-TAC

Ele não para…Ahhhhh

Não. Ainda não é hora.
Fique aqui comigo
Só mais um dia, só mais um minuto
Faça minha vontade ao menos uma vez

Sinto meu sangue correr nas veias
Ele segue em disparate rumo desconhecido
Mas não pode, ele não pode!
Não quero mais esperar-te
Estou de saída
Encontrar minha sanidade
Um grito ensurdecedor;
Estilhaços de vidro no chão
Silêncio.


terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Vício


"-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também, mas é que eu queria alguma coisa nas mãos.
-Você tem alguma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.."


###


A sensação de liberdade
agora se mostra uma prisão
Vício que me consome a consiência
E me faz definhar segundo a segundo,

...
Palhaços tortos salteiam a minha frente;
seus encantos já não mais me encantam.
Continuo definhando...Meu amigo não quer me largar.
A dor se faz presente.